A
ORAÇÃO DE PAULO
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ALGO SOBRE O QUE PENSAR
Como você classificaria o
nível de maturidade dos cristãos Filipenses. como corpo de crentes do Novo
Testamento, tomando por base o que você já conhece a respeito deles?
Muito maduros
Pouco acima de médios
Médios
Imaturos
Muito imaturos
Examinemos a oração de Paulo
pelos Filipenses. Ela lhe mostrará como Paulo teria respondido a esta pergunta.
UM EXAME DA CARTA DE PAULO
...
1:9 E também faço esta oração: que o vosso amor
aumente mais e mais em pleno conhecimento
e toda a percepção,
1:10 para aprovardes as
coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o dia de Cristo,
1:11 cheios do fruto de justiça, o qual é mediante
Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.
O QUE PAULO DISSE?
A. "Que o vosso amor aumente mais e mais'
1. Em pleno conhecimento
2. Toda a percepção.
B. "Para aprovardes as coisas
excelentes"
C. "E serdes sinceros e inculpáveis"
D. "Cheios do fruto de justiça"
1. A fonte—Jesus Cristo
2. O propósito—a glória e louvor de Deus
O QUE PAULO QUIS DIZER?
Nos parágrafos da carta aos
Filipenses, descritos no capítulo 2. Paulo partilhou com os cristãos a atitude
e os sentimentos que tinha para com eles quando deles se lembrava e por eles
orava—uma atitude e um sentimento de gratidão, alegria, confiança, saudade e
afeição. Agora, neste parágrafo (w. 9-11), Paulo especificou o conteúdo de sua
oração.
A. "Que o vosso amor
aumente mais e mais" (1:9) Paulo deixou claro em sua correspondência o que
ele acreditava ser as marcas de uma igreja madura. Por exemplo, depois de uma
longa discussão dos dons espirituais na carta aos Coríntios, ele disse, em
poucas palavras, quais eram as manifestações mais importantes da maturidade de
um corpo de crentes. "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estes três: porém o maior destes é o amor' (1 Coríntios 13:13). Paulo era
coerente quanto a este conceito. Observe os parágrafos introdutórios de suas
cartas a outras igrejas do Novo Testamento, notando em particular o motivo do
agradecimento de Paulo. Aos cristãos tessalonicenses ele escreveu: "Damos
sempre graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações, e sem
cessar recordando--nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé.
da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor
Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 1:2, 3).
"Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros, vai aumentando a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais" (2 Tessalonicenses 1:3, 4).
"Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros, vai aumentando a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais" (2 Tessalonicenses 1:3, 4).
Paulo escreveu aos cristãos
efésios e aos colossenses, e vemos um padrão similar em seus parágrafos
introdutó¬rios;
"Damos sempre graças a
Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que
ouvi¬mos da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes para com todos os
santos; por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes
ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que chegou até vós; como também
em todo o mundo está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós,
desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade"
(Colossenses 1:3-6).
"Por isso também eu,
tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus, e o amor para com todos os
santos, não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas
orações" (Efésios 1:15).
Em todos estes parágrafos
Paulo "dá graças a Deus" pela manifestação das qualidades de fé,
esperança e amor—especialmente do amor. Observe a afirmativa que ele faz aos
Colossenses: "Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da
perfeição" (Colossen¬ses 3:14).
Não há dúvida, portanto,
sobre o que Paulo acreditava ser as marcas de um corpo de crentes maduros. O
amor era a virtude que unia todas as outras e a maior de todas.
Paulo estimulou o
desenvolvimento constante desse amor, demonstrando novamente que o crescer para
a maturidade enquanto estivermos nesta terra é um pro cesso contínuo. (Efésios
4:15, 16).
Há uma terceira observação
que emerge quando procuramos ver a oração de Paulo pelos Filipenses em um
contexto maior de fé, esperança e amor. E significati¬vo que Paulo mencione
apenas amor ao orar pelos cristãos Filipenses. Paulo, assim, parece sugerir que
os Filipenses, dentre todas as igrejas do Novo Testamento, já estavam
demonstrando o caminho sobremodo excelen¬te. . . o caminho do amor (1 Coríntios
12:31; 14:1). Além disso, Paulo em seu grande capítulo do amor (1 Coríntios 13)
também sugere que o "caminho do amor" em sua manifestação madura
inclui a fé e a esperança. O amor, disse Paulo, tudo crê, tudo espera (1
Coríntios 13:7). Onde há amor maduro, sempre há fé e esperança.
1. "Em pleno conhecimento"
1. "Em pleno conhecimento"
Note que Paulo orou para que
o amor dos Filipenses aumentasse "mais e mais em pleno conhecimento".
Vemos, de novo, uma correlação entre a oração de Paulo pelos Filipenses e suas
admoestações aos coríntios.
Em 1 Coríntios 13, depois de
demonstrar graficamente aos coríntios a falta de amor deles, Paulo lembra-lhes
de que certos dons hão de passar. "Porém", disse ele, "quando
vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado" (v. 10).
Paulo então compara este processo com o crescimento natural da infância para a
vida adulta: "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como
menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas
próprias de menino" (v. 11).
A correlação mais importante
entre a oração aos Filipenses e a exortação aos coríntios encontra-se em 1
Coríntios 13:12: "Porque agora vemos como em espe¬lho, obscuramente, então
veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou
conhecido."
A palavra grega traduzida
por conhecerei como tam¬bém sou conhecido em 13:12 é a mesma base da palavra
(epiginõskõ) que é traduzida por conhecimento em Filipenses 1:9, significando
conhecirnento completo, total e experimental. Assim, a oração de Paulo era que
o amor dos cristãos Filipenses aumentasse mais e mais em pleno conhecimento,
isto é, um conhecimento completo, total e experimental de Deus como revelado em
Jesus Cristo e sua Palavra.
Quando Paulo escreveu aos
coríntios, ele se referiu ao mesmo conceito, usando palavras diferentes:
"E todos nós", escreve ele, "com o rosto desvendado,
contem¬plando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de
glória em glória, na sua própria ima¬gem, como pelo Senhor, o Espírito" (2
Coríntios 3:18). Em outras palavras, a maturidade cristã de um corpo local de
crentes reflete a imagem de Deus: e uma vez que "Deus é amor", a
marca mais significativa da maturidade cristã é o amor, um amor que sempre
aumenta e cresce. (Filipenses 1:9).
2. "Toda a percepção"
2. "Toda a percepção"
Paulo orava para que o amor
deles aumentasse "mais e mais em pleno conhecimento e roda a
percepção".
Não se pode separar
"conhecimento experimental" de "toda a percepção". Um
conhecimento maduro do próprio Deus capacita o crente a funcionar sabiamente e
com bom juízo, tomando sábias decisões. Isto nos leva à segunda parte da oração
de Paulo, que procede de seu pedido inicial a Deus a favor dos Filipenses.
B. "Para aprovardes as
coisas excelentes" (1:10)
Um "conhecimento
experimental" de Deus e "toda a percepção1' capacitam os crentes,
tanto individualmente quanto como um corpo, a discernirem a vontade de Deus. A
palavra grega traduzida por aprovardes em Filipenses 1:10 é a mesma palavra
básica (dokimadzein) traduzida como experimentar em Romanos 12:2, que lê:
"E não vos conformeis com este século, mas transformai--vos pela renovação
da vossa mente, para que experi¬menteis [discirnais] qual seja a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus." Um conhecimento experimental de Deus e toda a
percepção capacitam um corpo de crentes a discernir a mente de Deus com relação
à sua vida nesta terra.
C. "E serdes sinceros e inculpáveis"
(1:10)
Assim como "toda a
percepção" está inseparavelmente ligada ao "conhecimento experimental
de Deus", da mesma forma uma vida "pura e inculpável" está
inseparavelmente ligada à habilidade de "aprovar as coisas excelentes".
Em Romanos 12:1, 2 Paulo entrelaça estes conceitos, pois exorta os crentes
romanos a que se ofereçam "por sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus". Não deviam conformar-se com os padrões deste mundo, que o apóstolo
João definiu como "a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e
a soberba da vida" (1 João 2:16). Isto, é claro, é o que Paulo também
pedia pelos Filipenses—que fossem puros e inculpáveis.
D. "Cheios do fruto de justiça, o qual é
mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus"
(1:11) Paulo resumiu sua
oração fazendo referência à fonte de tudo o que ele pedia a Deus para os
cristãos Filipenses e também ao seu propósito.
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